Black Blocs


Após as manifestações do dia 15 ganharem as ruas de muitas cidades no Brasil o grupo Black Bloc RJ da Zona Sul  postou em sua página no Facebook  uma promessa de marcar presença no próximo protesto, agendado para o dia 12 de abril e fazer uma "guerra" contra o contra os manifestantes. Na mesma página é possível ler várias críticas à oposição partidária, à política brasileira e a intervenção militar, mas a maior revolta do grupo é o absurdo evidenciado pelo fato da elite carioca ter contra o que protestar.
Em meio a discussões políticas e sociais o que mais me chamou a atenção foi a lógica encontrada pelo grupo para 'justificar' seus atos violentos. É fato que, tomada a proporção de insatisfação, o Governo Federal vêm agradando pouquíssimas pessoas e que esse número vêm decaindo a cada dia, mas não cabe negar outro fato: a oposição e os manifestos estão sendo representados pelas elites nacionais. Contudo, acredito que o fato de se estar insatisfeito com algo, principalmente com a política atual, garante o direito de se manifestar independente de sua classe social, por isso existem pessoas ricas e satisfeitas com o atual governo e pessoas de classe média ou baixa que participam e até lideram grupos e movimentos de oposições. Classe social não deve ser motivo de acomodação, acredito que as pessoas que estavam nas ruas no dia 15 de março visavam um futuro melhor não para a sua classe, mas para a sua nação e essas pessoas não merecem ser interrompidas em sua causa, tão pouco agredidas, feridas ou mortas como o cinegrafista  Santiago Andrade após ser atingido na cabeça por um rojão em julho de 2013. 
Vivendo em um país onde decisões políticas muitas vezes dependem de mobilizações sociais, não podemos impedir qualquer ato que tenha possibilidade de trazer melhoria é ir na direção contraria a que pretendemos, usando de violência então é bem mais contrario e irracional do que se imagina.

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